Em protesto à participação de personalidades culturais e esportivas no comercial “O papel do Brasil”, financiado em prol da consolidação da marca da Aracruz Celulose, militantes da Marcha Mundial das Mulheres colocaram na Internet cartas dirigidas às personalidades que emprestaram sua imagem à instituição.
A entidade acredita que a Aracruz esteja usando um célebre mecanismo da comunicação institucional, o de associar a sua marca, em períodos de crise, a nomes e indivíduos célebres, desfazendo a conotação negativa que ocasiona.
A Marcha questiona a responsabilidade daqueles e daquelas que aceitaram associar sua imagem à marca, num momento em que a sociedade civil organizada repudia sua ação devastadora no campo brasileiro, que se manifesta na expulsão dos quilombolas e indígenas de suas reservas em função da expansão das monoculturas de eucalipto.
A Marcha enviou um modelo de carta onde começa citando o nome da ginasta Daiane dos Santos, mas depois a repete, substituindo-o pelo do ministro Gilberto Gil, pelo astronauta Marcos Pontes, o iatista Robert Scheidt, o cantor Seu Jorge e Pelé, sucessivamente a diversas redes e movimentos, estimulando a participação de todos e todas, tornando a remeter a mensagem aos ilustres participantes da propaganda.