Sindicato se junta à entidades para rebater acusações equivocadas sobre a estatal.
Por Marina Azambuja
O Sindicato das Advogadas e Advogados do Estado de São Paulo (SASP), juntamente com as entidades Associação Profissionais Universitários Sabesp (APU), Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), a Associação dos Aposentados e Pensionistas da Sabesp (AAPS) e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Santos, Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira (Sintius), assinou um documento em defesa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), com a finalidade de rebater a afirmação de autoridades sobre a responsabilização da estatal no desabamento do solo na Marginal Tietê no início deste ano.
De acordo com o pronunciamento do secretário de Transportes Metropolitanos, o interceptor de esgoto operado pela Sabesp seria uma das causas do acidente na construção da Linha 6 do metrô de São Paulo. Porém, a Associação Profissionais Universitários Sabesp (APU) esclareceu que as razões pelo desabamento precisam ser investigadas com mais precisão e que possivelmente seria por conta da perfuração no subsolo, realizada por um “tatuzão”.
Segundo a entidade, as construtoras do consórcio Move SP: Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, além do Fundo Eco Reality, que estão construindo o metrô sem a fiscalização da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP), não deram a devida atenção às estruturas de esgotos e tubulações, como deveriam e que nunca houve acidentes dessas proporções em uma construção da mesma categoria. “A experiência da engenharia do Metrô-SP na definição de projetos e na fiscalização da obra, sempre dedicou especial atenção para as adutoras de água e os interceptores de esgotos da Sabesp, evitando qualquer risco de instabilidade para essas estruturas. Não há registro de ocorrências de vazamentos ou rompimentos significativos em mais de 50 anos de obras que envolvam Metrô-SP e Sabesp”.
Para a Associação a perfuração correta para este tipo de construção deve ocorrer com 20 metros abaixo da tubulação de esgoto e não apenas três metros, como afirmou o secretário. A nota afirma que a exposição difamatória da Sabesp é uma tentativa de sucateamento da companhia e de seus trabalhadores. “A exposição pública da SABESP como causadora do surgimento da cratera é absolutamente equivocada, é uma fake news que desconsidera a sua excelência amplamente reconhecida, nacional e internacionalmente. É uma tentativa de colar uma pecha negativa à imagem da SABESP que serve apenas à sustentação do discurso de desqualificação de uma empresa pública, para escamotear a deficiência de um empreendimento cujo maior objetivo é a geração de lucro”.