Por Marina Azambuja
O Sindicato das Advogadas e Advogados do Estado de São Paulo chega a seus 71 anos de existência neste dia 15 de setembro. Fundado em 1952 com o objetivo de defender a classe dos advogados empregados, o SASP foi muito além do que se poderia imaginar, participando ativamente da vida social e política do País, abraçando as causas em defesa da democracia e do estado de direito, além de se tornar uma referência em combatividade e respeitabilidade.
O primeiro presidente do SASP foi Cristovam Pinto Ferraz, que já em fins de 1951 articulava com outros advogados, entre os quais João Freire, José Pires de Almeida Filho, Abílio Jordão de Magalhães, Paulo Rezende Duarte e Alberto Zirondi Neto (que compuseram a primeira diretoria) entre outros, a fundação da entidade de defesa da categoria.
O SASP nos últimos anos tem enfrentado muitos desafios, entre os quais o da retomada conservadora ao comando do país após o chamado ‘Golpe de 2016’, quando a presidenta Dilma Rousseff foi apeada do poder por um golpe parlamentar, e em seguida o desastre do governo Bolsonaro, contra o qual o Sindicato dos Advogados lutou sem trégua.
Desde então, o SASP vem lutando contra os efeitos nefastos das Reformas Trabalhista e Previdenciária, e contra a precarização do trabalho, que levou à fome e ao desemprego milhões de trabalhadores e trabalhadoras neste país.
Em 2023 lutou contra o aumento abusivo e a criação de novas taxas judiciais. O SASP também se juntou a vereadoras para a instauração de uma CPI contra o assédio na cidade de São Paulo. Juntamente com a OAB-SP e movimentos sociais acompanha os desdobramentos da Operação Escudo, que já matou dezenas de pessoas na baixada santista. O Sindicato também foi a Brasília para se reunir com a presidente do STF, ministra Rosa Weber, em defesa do Direito do Trabalho. Outro fato relevante que o SASP promoveu em sua sede foi a análise de conjuntura com o jornalista Luís Nassif para debater os dilemas do Brasil atual. Essas foram apenas algumas das atividades elaboradas pelo sindicato em defesa da advocacia e dos direitos humanos e sociais.
Durante as manifestações pela democracia e o estado de direito, nas greves de estudantes, professores e trabalhadores em geral, nas manifestações dos movimentos sociais, o SASP tem mantido Plantões Jurídicos para amparar manifestantes vítimas de violência e arbitrariedades, como prisões injustificadas e a criminalização pelo simples ato de protestar.
Nossa democracia nunca esteve tão ameaçada após quatro anos de um desgoverno corrupto e saudoso da ditadura. O SASP assinou a Carta pela Democracia e esteve presente no ato realizado no Largo São Francisco em 11 de agosto de 2022. Seguimos cumprindo nosso papel histórico de defesa da democracia, da advocacia e do estado de direito.