Já está em fase de conclusão a implantação da Rede Corporativa de Longa Distância da Justiça do Trabalho, uma das metas do Conselho Superior da Justiça do Trabalho para a área de informatização de todo o Judiciário trabalhista. Até o final de março, mais de 90% dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho estarão interligados a suas respectivas varas e outras unidades administrativas remotas, através da nova rede, por onde trafegarão dados e voz. Em meados de abril, segundo o cronograma informado pela Embratel, a implantação estará concluída.

A operadora já concluiu a ativação de quatro segmentos: TRT da 4ª (RS), 10ª (DF), 18ª (GO), 19 ( AL), 21ª (RN), 23ª (MT) e 24ª (MS) Regiões. O TRT-4 emitiu o aceite provisório no dia 4 de março e, desde então, sua rede encontra-se em pleno funcionamento. Os outros regionais devem fazer o mesmo nos próximos dias. Foi previsto um período de funcionamento experimental de 90 dias, logo após o aceite provisório, para que a operadora corrija todos os problemas que porventura ocorram antes do aceite definitivo.

Para que a topologia da Rede Corporativa esteja completa, resta a implantação do chamado “backbone principal”, que interligará o Tribunal Superior do Trabalho às sedes dos TRTs. A rede será o meio pelo qual trafegarão os serviços de videoconferência e de transmissão de dados e voz, e os sistemas e-Doc, Carta Precatória Eletrônica, Suap (acompanhamento processual), ensino à distância e os demais sistemas de gestão integrada da informação da Justiça do Trabalho.

A criação de uma rede corporativa para a interligação de todos os órgãos da Justiça do Trabalho no país começou a tomar forma em 2005, quando foi elaborado o projeto técnico. Em novembro de 2006, a Embratel venceu a licitação feita pelo TST para a implantação, e, em agosto de 2007, o contrato foi assinado. O projeto prevê a implantação de 25 redes ao todo. O ambiente de teste que está em fase de conclusão abrange as 24 redes ou backbones regionais, que atenderão aos 24 TRTs e suas Varas do Trabalho. A execução do projeto coube a um grupo de trabalho composto pelos TRTs da 2ª (SP), 4ª (RS), 5ª (BA), 14ª (RO), 15ª (Campinas) e 23ª (MT) Regiões, sob a coordenação do TST.
Revista Consultor Jurídico, 14 de março de 2008