Por Marina Azambuja
Ato em defesa dos direitos da população negra percorre centro de SP e teve como tema “As cotas ficam”.
No dia 12 de maio os advogados Arnobio Rocha e Ítalo Cardoso representaram a Comissão de Direitos Humanos do Sindicato das Advogadas e Advogados do Estado de São Paulo (SASP), durante da XXVI Marcha Noturna pela Democracia Racial, que evidencia os 134 anos da abolição dos povos escravizados na cidade de São Paulo.
O ato ocorre todo dia 12 de maio desde 1997 na Capital paulista e tem como objetivo destacar a luta pelos direitos da população negra no Brasil, que permanece sendo vítima da desigualdade social, racial e da violência policial. O tema de 2022 foi o “As cotas ficam”, para enfatizar contra todo e qualquer tipo de retrocesso e de retirada de direitos que estão ocorrendo no país.
A caminhada teve início em frente à estátua de Madrinha Eunice na Praça da Liberdade e foi até a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos no Largo do Paissandu, ambas na região central de São Paulo. O ato reuniu muitas pessoas, entre elas a ala das baianas da Vai Vai, políticos, integrantes do Movimento Negro e o escritor e jornalista Abílio Ferreira, que durante a caminhada narrou a história dos pontos antigos por onde percorreram.
Na época do regime escravista muitos negros foram condenados a morte e eram enforcados na Praça da Liberdade, por esse motivo o local tornou-se uma das referências de resistência do povo negro.
Uma das idealizadoras da Marcha foi a advogada e membra do SASP, Maria da Penha Guimarães, que lutou incansavelmente no Movimento Negro e pelos direitos da advocacia assalariada.
Durante a pandemia de Covid-19 a Marcha não realizou as suas atividades, por isso produziu o documentário “#MARCHANOTURNA – Protesto Negro em SP” que está disponível no canal do Instituto Tebas no Youtube.