Com Eduardo Cunha poupado, manifestantes protestam pelo impeachment

por | ago 21, 2015 | Jornal do Sindicato | 0 Comentários

Aconteceu neste domingo (16) a 3a manifestação contra a presidenta Dilma Roussef. Em São Paulo, a manifestação aconteceu na avenida Paulista.

Os protestos deste domingo (16) tiveram uma finalidade: pedir o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, seja por “impeachment, cassação ou renúncia”, como definiram os Revoltados Online, na convocatória dos atos. Estes, junto com o Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua, entre outros, além de diversos canais de rádio, jornais e revistas pelo país, fizeram a convocatória da manifestação. Atos públicos aconteceram em diversas cidades pelo país.

passeata 16.8Em São Paulo, o ato pela tarde na avenida Paulista reuniu manifestantes que se dividiram em dois grupos: os que pediam a intervenção militar explícita e os que preferiam focar no afastamento da presidenta Dilma. De acordo com a Folha de S. Paulo, o ato contou com 135 mil pessoas. Até o final do protesto, a Polícia Militar (PM) não havia soltado o número oficial.

As pessoas que vinham da avenida Brigadeiro Luís Antônio, com direção à Paulista, eram recebidos pelo carro da União Nacionalista Democrática (UND), que pedia “Intervenção Militar Constitucional”. Foi rezado um Pai Nosso, no qual o padre se ajoelhou na bandeira do Brasil, e foram executadas músicas como o Hino da Independência e da Vitória, que ficou conhecido nas conquistas brasileiras na Fórmula 1.

Entre os discurso presentes, um era contrário aos programas sociais do governo federal. Um dos casais presentes defendia que os beneficiários do Bolsa Família não tivessem direito ao voto. “Só assim acabamos com o populismo”, defenderam.

Como previsto, o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi poupado nas falas nos carros de som. Uma das líderes do Revoltados On-line questionou o procurador geral da república Rodrigo Janot. “Por que só tem empresário preso? Cadê os políticos na cadeia?”, perguntou. Já o recado para o presidente do Senado Renan Calheiros era outro: “se continuar defendendo o governo, vai cair também”.

Gritos machistas também fizeram parte do roteiro. O carro de som do grupo Endireita Brasil mandava a presidenta “largar a mandioca”, “já que faz tempo que você [Dilma] não vê uma”.

As falas não eram uma unanimidade. “A Ditadura Militar foi um período negro na história do Brasil. Hoje temos instituições que funcionam. Temos que pedir mais avanços democraticamente, só assim conseguiremos avançar”, disse Roberto, 48 anos.

Já no final da manifestação da Paulista, um jovem foi cercado por manifestantes e teve que ser tirado da confusão pela Polícia Militar. Ele levava uma placa que lembrava a chacina que matou 19 pessoas em Osasco, na grande São Paulo, na última semana. “Criticam a minha máscara mas não têm vergonha de protestar com a camisa da CBF. Mas de uma coisa eu sei, aqui na Paulista não tem disparo acidental, na periferia tem todos os dias”, disse Júlio César Mendes.

O ato na capital paulista terminou por volta das 18h.

 

Instituto Lula

Na zona sul da capital paulista, ocorreu um ato em defesa da democracia, em frente ao Instituto Lula, na tarde deste domingo (16). Sindicatos e movimentos populares marcam presença na atividade e afirmam o compromisso contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Não vai ter golpe” foi o principal grito entre os manifestantes. O clima foi de festa, com direito a música e churrasco.

Para o coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Luiz Dalla Costa, o ato da direita é motivado por alas conservadoras que rejeitam as mudanças ocorridas no último período. “Nós acreditamos que o golpe fortalece as alas conservadoras da política, que vão contra as nossas conquistas sociais”, disse. Ele complementou afirmando que o grupo que se manifesta no Instituo Lula representa as conquistas e os avanços sociais. “Não temos dúvidas de que o grupo que está aqui hoje representa a luta por igualdade, que é a esquerda”, apontou.

Confira alguns vídeos e imagens dos protestos em São Paulo e em outras capitais.

 

*Brasil de Fato

impeachment da presidenta Dilma Rousseff, seja por “impeachment, cassação ou renúncia”, como definiram os Revoltados Online, na convocatória dos atos. Estes, junto com o Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua, entre outros, além de diversos canais de rádio, jornais e revistas pelo país, fizeram a convocatória da manifestação. Atos públicos aconteceram em diversas cidades pelo país.

Os protestos deste domingo (16) tiveram uma finalidade: pedir o

Em São Paulo, o ato pela tarde na avenida Paulista reuniu manifestantes que se dividiram em dois grupos: os que pediam a intervenção militar explícita e os que preferiam focar no afastamento da presidenta Dilma. De acordo com a Folha de S. Paulo, o ato contou com 135 mil pessoas. Até o final do protesto, a Polícia Militar (PM) não havia soltado o número oficial.

As pessoas que vinham da avenida Brigadeiro Luís Antônio, com direção à Paulista, eram recebidos pelo carro da União Nacionalista Democrática (UND), que pedia “Intervenção Militar Constitucional”. Foi rezado um Pai Nosso, no qual o padre se ajoelhou na bandeira do Brasil, e foram executadas músicas como o Hino da Independência e da Vitória, que ficou conhecido nas conquistas brasileiras na Fórmula 1.

Entre os discurso presentes, um era contrário aos programas sociais do governo federal. Um dos casais presentes defendia que os beneficiários do Bolsa Família não tivessem direito ao voto. “Só assim acabamos com o populismo”, defenderam.

Como previsto, o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi poupado nas falas nos carros de som. Uma das líderes do Revoltados On-line questionou o procurador geral da república Rodrigo Janot. “Por que só tem empresário preso? Cadê os políticos na cadeia?”, perguntou. Já o recado para o presidente do Senado Renan Calheiros era outro: “se continuar defendendo o governo, vai cair também”.

Gritos machistas também fizeram parte do roteiro. O carro de som do grupo Endireita Brasil mandava a presidenta “largar a mandioca”, “já que faz tempo que você [Dilma] não vê uma”.

As falas não eram uma unanimidade. “A Ditadura Militar foi um período negro na história do Brasil. Hoje temos instituições que funcionam. Temos que pedir mais avanços democraticamente, só assim conseguiremos avançar”, disse Roberto, 48 anos. 

Já no final da manifestação da Paulista, um jovem foi cercado por manifestantes e teve que ser tirado da confusão pela Polícia Militar. Ele levava uma placa que lembrava a chacina que matou 19 pessoas em Osasco, na grande São Paulo, na última semana. “Criticam a minha máscara mas não têm vergonha de protestar com a camisa da CBF. Mas de uma coisa eu sei, aqui na Paulista não tem disparo acidental, na periferia tem todos os dias”, disse Júlio César Mendes.

O ato na capital paulista terminou por volta das 18h.

Instituto Lula

Na zona sul da capital paulista, ocorreu um ato em defesa da democracia, em frente ao Instituto Lula, na tarde deste domingo (16). Sindicatos e movimentos populares marcam presença na atividade e afirmam o compromisso contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Não vai ter golpe” foi o principal grito entre os manifestantes. O clima foi de festa, com direito a música e churrasco.

Para o coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Luiz Dalla Costa, o ato da direita é motivado por alas conservadoras que rejeitam as mudanças ocorridas no último período. “Nós acreditamos que o golpe fortalece as alas conservadoras da política, que vão contra as nossas conquistas sociais”, disse. Ele complementou afirmando que o grupo que se manifesta no Instituo Lula representa as conquistas e os avanços sociais. “Não temos dúvidas de que o grupo que está aqui hoje representa a luta por igualdade, que é a esquerda”, apontou. 

Confira alguns vídeos e imagens dos protestos em São Paulo e em outras capitais.

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