O Sindicato das Advogadas e Advogados do Estado de São Paulo (SASP) realizou nesta quarta-feira (14) o IV Prêmio Penha Guimarães em Defesa da Igualdade Racial.
A premiação carrega o legado e a memória da Dra. Maria da Penha Santos Lopes Guimarães, que faleceu em 2016, mas deixou um vasto legado de luta pelas prerrogativas da advocacia negra e sobretudo pela ascensão da mulher negra na advocacia e espaços de poder.
O presidente do SASP, Marcus Seixas, destacou a importância do evento, relembrou momentos importantes da luta de Penha Guimarães e parabenizou os premiados.
Em 2025 o SASP contemplou a cofundadora da Semana Tereza de Benguela da Baixada Santista, militante do MNU, mestranda e especialista em Direito do Trabalho (USP), especialista em Estudos Afro-Latinoamericanos (CLACSO), Helena Pontes; o Babalorixá escritor e Doutor em Semiótica (USP), Sidnei Barreto Nogueira; e as Organizações: Marcha das Mulheres Negras de São Paulo (MMNSP) e a União de Negros e Negras pela Igualdade (UNEGRO).
A cerimônia reuniu centenas de pessoas no Auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, entre elas advogados, integrantes de movimentos sociais e de entidades parceiras. O evento foi conduzido pela coordenadora da Comissão de Igualdade Racial e Verdade sobre a Escravidão do SASP (CIRVE), Mabel de Souza, e pela diretora Sandra Monção. A diretoria da entidade também prestigiou a premiação.
Prêmio Penha Guimarães
A premiação carrega o legado e a memória da Dra. Maria da Penha Santos Lopes Guimarães, diretora do Sindicato das Advogadas e Advogados do Estado de São Paulo, integrante da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB, Conselheira e Presidente da Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da OAB-SP, integrante da Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo. Foi também a criadora e impulsionadora da Marcha Noturna pela Igualdade Racial e presença significativa em todas as entidades advocatícias.
A primeira edição do Prêmio ocorreu em novembro de 2019, no Al Janiah e homenageou a UNEAFRO e os advogados Maria Sylvia de Oliveira e Sinvaldo José Firmo.
A segunda edição do Prêmio foi realizada em 2023 e homenageou o juiz Edinaldo César Santos Júnior, a deputada e sambista Leci Brandão, a Central Única das Favelas (CUFA) e o Movimento Negro Unificado (MNU) representado pelos ativistas Regina Santos e Milton Barbosa.
A terceira edição do Prêmio ocorreu em 2024 e homenageou a Associação Nacional da Advocacia Negra (ANAN), Black Sisters in Law (BSL), Patrícia Anastácio (AASP) e Prof. Cláudio Silva (Ouvidor das Polícias de São Paulo). A ANAN foi representada pelos advogados Estevão Silva e Silmara Pereira; o grupo BSL foi representado pela fundadora e advogada Dione Assis.
O SASP cumpre assim um de seus papeis fundamentais, de colocar luz sobre a importância da Advocacia Negra e sua influência fundamental nas lutas pelas prerrogativas, pelos direitos civis e contra qualquer forma de discriminação em um estado democrático de direito.