ALCKMIN E 1.500 POLICIAIS INVADEM A CRACOLÂNDIA

por | maio 22, 2017 | Jornal do Sindicato | 0 Comentários

WhatsApp Image 2017-05-21 at 12.19.05Em ação policial polêmica, neste domingo, 21 de Maio, às 6h30 centenas de policiais civis e militares do governo do Estado de SP, acompanhados de jornalistas da Globo e Bandeirantes fizeram ação de prisões e desocupação da Cracolândia no Centro de São Paulo.

Dezenas de moradores de Rua foram presos e levados à Sede do DENARC na Capital.

O governador Geraldo Alckmin, o Secretário de Segurança Pública Mágino Alves e o Comandante da PM de São Paulo comandaram pessoalmente as operações com mais de 1500 policiais no próprio local.

No início da ocupação houve pânico e fuga de viciados do local, que se espalharam pela região, causando alguns saques em lojas e invasão de pequenos hotéis.

Conforme informações do próprio governador em entrevista coletiva no local, não existiu nenhum acompanhamento social ou de defensores públicos no local. Trata-se apenas de uma mega operação policial de combate ao tráfico de drogas, com grande cobertura da imprensa.

A operação foi completamente midiática, num momento em que há grande descrédito da classe política e se discute o Impeachment de um Presidente da República e a eventual prisão e cassação do Presidente Nacional do PSDB, Aécio Neves, do mesmo partido do Governador Alckmin, que também é um dos investigados da Operação Lava Jato.

Na operação foram presos suspeitos de tráfico, em cerca de 60 mandados de prisão. Os demais, centenas de pessoas, foram deixados nas ruas apenas com as roupas do corpo, sem seus pertences. Não houve atendimento social, de saúde ou encaminhamento dos viciados e moradores de Rua para abrigos. Eram desalojados e saíam vagando pela chuva e espalhando-se por toda a cidade.

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O governador Alckmin disse estava realizando apenas  uma operação policial, e que o objetivo do governo é recuperar a área é construir prédios de moradia popular na Região.
Durante a entrevista do Governador ouvia-se ao fundo um morador de Rua gritava: “Aqui tem doentes, aqui tem gente!”. Mas a TV cortou a imagem e o governador encerrou a entrevista.

 

 

(Comunicação do SASP, com imagens da TV)

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