Juristas manifestam apoio à greve contra reforma da previdência

por | mar 17, 2017 | Jornal do Sindicato | 0 Comentários

Juristas-manifestam-apoio-à-greve-contrareforma-da-previdência“Greve que não atrapalha, não é greve; é passeio. Greve é pra parar os meios de produção, parar os serviços públicos e serve pra fazer as pessoas pensarem em que tipo de sociedade querem viver“. É o que acredita o Juiz do Trabalho do Tribunal Regional da 4ª Região, Átila da Rold Roesler, acerca das manifestações contra a reforma da Previdência e trabalhista convocada por movimentos sociais.

A comunidade jurídica reagiu nesta quarta-feira (15) à greve e paralisação. Uma das principais críticas à reforma é o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres e ao menos 25 anos de contribuição. Para especialistas, a reforma visa o fim da Previdência Pública e benefícios aos bancos.

Raphael Bevilaqua é procurador da República e também comentou nas redes sociais. “A defesa da previdência não é só a luta por um modelo econômico ou por vantagem pessoal, é, antes de tudo, luta pela vida e um grito de liberdade“. Leia o comentário completo abaixo.

Rafael Bev comentário

Em artigo publicado no Justificando, a Procuradora do Estado de São Paulo e Secretária Geral do sindicato da categoria, Márcia Semer, fez um panorama da conjuntura política atual. “Estamos sob governo tampão, ilegítimo para uma parcela significativa da população, cujos condutores principais estampam diariamente as páginas e telas dos jornais delatados pela solicitação ou recebimento de recursos não contabilizados de empreiteiras país afora”, diz a procuradora.

Ainda segundo Márcia, “tudo aliado a enorme insatisfação dos mais diferentes setores sociais com a condução e serviços do Estado, insatisfação essa vivenciada num ambiente de hostilidade e polarização política sem precedentes. Dito isto, parece fácil concluir que o momento, apesar de toda campanha midiática em prol da iniciativa governamental, é, racionalmente, dos mais infelizes e perigosos momentos para realizar a chamada Reforma da Previdência”.

 

*Carta Capital

error: Conteúdo protegido.