SASP participa de Ato de Juristas na USP, denunciando Sérgio Moro

por | ago 27, 2019 | Jornal do Sindicato | 0 Comentários

Ato Moro Mente 01No dia em que Lula completou 500 dias na prisão, o ato #MoroMente exigiu a liberdade do ex-presidente, e apurações das denúncias do Intercept Brasil

 

O Sindicato dos Advogados do Estado participou de um ato público promovido pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo, reunindo centenas de juristas, políticos, movimentos sociais, estudantes, professores e manifestantes. O ato “#Moro Mente”, realizado na segunda-feira (19 de agosto), aconteceu no dia em que ex-presidente Lula completou 500 dias preso injustamente.
O ato teve como objetivo cobrar investigação das ilegalidades cometidas por Sérgio Moro e pelos procuradores e esclarecer à população de que maneira o ex-juiz federal violou as leis em processos como o que levou o ex-presidente Lula à prisão. As reportagens Vaza Jato deram o tom no evento.

Entre as lideranças presentes estavam o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, além de juristas como a desembargadora Kenarik Boujikian, a professora Carol Proner e o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Pelo SASP participaram vários diretores e conselheiros, entre os quais o presidente da instituição, Fábio Roberto Gaspar.

Em carta, o ex-presidente Lula saudou a campanha #MoroMente e destacou que “Moro e a força tarefa da Lava Jato transformaram a operação em uma quase instituição para manipular, fraudar, mentir e corromper as instituições”.
Os diálogos publicados pelo Intercept revelam a atuação do ex-juiz como um chefe da operação, em diálogo permanente com o procurador Deltan Dallagnol, orientando as investigações do Ministério Público Federal e, paralelamente, interferindo no cenário político que levou à eleição de Jair Bolsonaro (PSL) – de quem ganhou o cargo de ministro.

Para Tânia Oliveira, da Coordenação da Executiva Nacional da ABJD, trata-se de uma “página infeliz de nossa história”. “Hoje, encaramos um governo de características claramente neofacistas que encara adversários políticos como inimigos, com uma composição altamente militarizada e que destrói dia a dia a participação social na formulação de políticas públicas”, declarou na abertura do evento.

Moro mente 02As críticas ao ex-magistrado seguiram com a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian, que pediu o afastamento “imediato de Sérgio Moro do Ministério da Justiça”. “São 500 dias de injustiça. Não aceitamos um julgamento que corrompe as instituições. Moro mente porque tem projetos pessoais e fez desse julgamento uma fraude. O judiciário está em dívida com o povo brasileiro. É hora do STF cumprir seu papel, libertando tardiamente o presidente Lula”, reivindicou.

Fernando Haddad, candidato do PT à presidência contra Jair Bolsonaro – alavancado pela popularidade da Lava Jato –, afirmou que caso Moro não interferisse no processo político, “Lula subiria a rampa do Palácio do Planalto no dia 1 de janeiro de 2019”.
O ex-ministro da Educação atacou o ex-juiz.“Moro mente, mas Moro, além de ser um pinóquio, é um fantoche. É uma pessoa que ao longo dos oito meses à frente do ministério, não honrou nem seu cargo, sendo humilhado pelo governo que ele resolveu seguir, depois de ter praticado uma das maiores injustiças da histórias desse país.

O presidente do SASP, Fábio Gaspar também fez uso da palavra e ressaltou a necessidade da união do campo progressista em torno das pautas democráticas, e pela liberdade de Lula e apuração de todas as responsabilidades no escândalo da ‘Lava-Jato’, com o afastamento de Dallagnol e Moro da vida pública.

 

 

 

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(Comunicação SASP, com informações de Fórum e Brasil de Fato)

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