Grandes avanços e novos desafios
Nos primeiros dias da ditadura militar instalada em 1964, foi decretada a intervenção o Sindicato dos Advogados de São Paulo. A entidade permaneceu longos anos de portas fechadas, com a carta sindical suspensa. Apenas há uma década é que a classe conseguiu, a duras penas, a reabertura desta sua representação. Os primeiros anos de recomeço, contudo, ficaram a girar, apenas, em torno dos dissídios coletivos, exprimindo a necessidade de obter condições de trabalho específicas da profissão.
A partir de 1991, contudo, um novo projeto se inicia e a entidade renasce, inaugurando um período onde o Sindicato passa a engajar-se nas lutas corporativas ao mesmo tempo que vai se posicionando, também, nas grandes batalhas da sociedade civil. Construiu-se uma ampla união de advogados, integrantes de diversas vertentes de opinião, a coexistir de modo fraterno numa articulação com objetivo central de resistência ao projeto neoliberal, defesa do Direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho, defesa de um Estado de Direito que se legitime pela Justiça Social e não, apenas, pela legalidade formal.
Nesse período, a entidade soube combinar bem a inserção do Sindicato nesta luta social e a construção de uma entidade de defesa dos interesses e da dignidade do advogado.
Exemplos dessa articulação foram o convênio firmado com o Movimento Sem Terra, os debates e atos em defesa do Estado Democrático de Direito, a campanha contra a extinção da Justiça do Trabalho e em defesa dos interesses da advocacia e da sociedade.
Um avanço significativo deu-se com a atuação conjunta com a OAB/SP, que se torna a cada dia um parceiro constante tanto nas lutas em defesa da dignidade e dos interesses do advogado, como na luta em defesa do Estado Democrático de Direito, que tanto tem sido ameaçado no nosso país.
Desse trabalho conjunto colheu-se um resultado significativo: a Campanha Permanente de Valorização da Advocacia Trabalhista, aglutinando a ação do Sindicato, com a OAB/SP, a AAT/SP e a AASP.