SASP participa de lançamento do livro “A Resistência ao Golpe de 2016”

por | jun 23, 2016 | Jornal do Sindicato | 0 Comentários

Centenas de pessoas se reuniram na Casa de Portugal, em São Paulo, para o ato de lançamento do livro “A Resistência ao Golpe de 2016”, no dia 20 de junho, segunda-feira, às 19h.
O Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP) teve signifivativa participação no evento, representado pelo associado Eduardo Piza (da Comissão LGBT) que discursou em nome do SASP, Marcus Seixas (que também falou em nome da Frente Brasil de Juristas pela Democracia), além de Fábio Gaspar (Vice-Presidente, representando o presidente Aldimar Assis), Vagner Patini, Gabriela Araújo, Leocir Costa, Vinícius Dias, entre outros.

Também presente no ato, a cineasta Tata Amaral lembrou que a cultura pôde se desenvolver nos últimos anos devido a políticas públicas que incentivaram esse processo, e que isso está em risco com o novo governo. “Nós demos um salto muito grande. Isso é fruto de uma política cultural. A resistência cultural é a grande resistência contra o golpe”, disse ela.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou um vídeo especialmente para o ato. Lula afirmou que depois do golpe, a Rede Globo retirou a presidenta eleita Dilma do ar, “como se ela não estivesse lutando diariamente para reestabelecer o mandato e o Estado democrático de Direito”. “Querem reescrever a história, apagando o que não lhes convém”.

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Lula também denunciou o fato de que o novo governo age como um governo definitivo, coisas que não é. Também lembrou do desmonte de direitos promovidos pelo governo Temer. “A luta pela legalidade e pelo respeito as urnas vai continuar. Até a votação no Senado e até que o Estado democrático de direito volte a prevalecer no Brasil”, afirmou ele.
O ator e diretor Celso Frateschi apontou que por trás do golpe, está o grande capital “A violência que estamos sofrendo tem uma razão: acúmulo de capital. Eles estão de olho no nosso petróleo. Nas nossas riquezas, na nossa água”, afirmou. Para ele, a esquerda precisa se reunir e traçar uma estratégia comum para barrar esse ataque.

Gisele Citadino, uma dar organizadoras do livro, lembrou que quem mais sofrerá com esse processo são as camadas populares, que terão seus direitos retirados. Para ela, os golpes são recorrentes no Brasil, e ocorrem sempre que as elites se sentem acuadas. “Nos não podemos imaginar que esse país viverá soluços temporários de inclusão que serão interrompidos violentamente como em 1964 ou por uma ruptura institucional como em 2016”, afirmou.

Tamires Sampaio, vice-presidente da UNE, destacou que a história do Brasil é marcada pela violência, mas também pela resistência. “Esse golpe foi contra um projeto de país que se iniciou no governo de Lula. Esse golpe é contra uma elite que historicamente não suporta mulheres negras sejam presidenta de centros acadêmicos, ou que uma mulher chegue na Presidência da República”, colocou.

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Anita Freire, companheira de Paulo Freire, também discursou e relembrou da luta de muitos pela democracia durante a ditadura militar. “Esse governo está destroçando os sonhos de milhões e milhões de brasileiros. Esse governo que está aí quer que esqueçamos tantos anos de luta daqueles que morreram por um Brasil melhor, que lutaram por uma democracia realmente participativa”, afirmou.

Outras personalidades como o ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, o vereador Jamil Murad (PCdoB), os jornalistas Luis Nassif, Rodrigo Vianna e Laura Capriglione (do Jornalistas Livres), o ator Pascoal da Conceição, Elizeu Soares Lopes, Secretário Adjunto de Igualdade Racial da Prefeitura de São Paulo, Emerson Santos (Presidente da União Paulista de Estudantes Secundaristas), Simão Pedro, Juca Kfouri (enviou mensagem por telão), Alípio Freire, Paulo Teixeira, Nabil Bonduki, Scandurra, do grupo Ira (enviou mensagem por telão), entre outros,  também estavam presentes no ato. O evento foi transmitido ao vivo pela Mídia Ninja.

 

(Comunicação SASP, com Agências)

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